Este projeto surgiu, principalmente, das minhas pesquisas sobre a Contrassexualidade e a Pós-Pornografia.
Somos seres pornográficos, mas escondemos nossos desejos, nossas taras debaixo do tapete por medo do julgamento da sociedade que nos diz que tudo isto é pecado. E assim, vamos adoecendo, nos tornando depressivos, reprimidos e violentos. Ao escondermos nossos sentimentos pornôs, nos subjugamos a um mundo de medo e preconceitos. Porn Therapy Sessions vem para mostrar que ser pornográfico é parte de nós.
Um dos conteúdos mais visitados na internet são sites pornográficos. No entanto, quando as pessoas são questionadas se visitam estes sites, poucas admitem que sim. Qual a razão desta disparidade? Por que têm vergonha de admitir que visitam e curtem conteúdo pornô? Em conversa com conhecides e amigues, ouvi “confissões” sobre taras pornográficas que gostariam de realizar, mas que tinham vergonha, pois cresceram aprendendo que era errado e a não realização destes desejos es deixavam tristes e deprimides. Muites até buscaram ajuda psicológica.
Qual a importância da pornografia em nossa educação sexual? A repressão e opressão contribuem para casos, por exemplo, de homens que, não conseguindo realizar suas fantasias sexuais de forma saudável, tornam-se mentalmente perturbados, cometendo crimes e tornando-se violentos? Alguns casos de estupradores estariam diretamente relacionados a esta visão deturpada sobre a pornografia?
Precisamos ressignificar a pornografia em nossa existência, mas não confundamos nossos desejos pornográficos com indústria pornográfica (esta cheia de questões e comportamentos abusivos e machistas de uma sociedade cisheteronormativa).
Uma vez que compreendamos a pornografia como inerente a nossa natureza, convidar a ir além, a conhecer o mundo do pós-pornô. Então, não só falar sobre sexualidades, mas ir além: vamos ser deliciosamente pós-pornográficos!