Créditos Sessão Click 2019
Tema: Sex Revolution
Fotos e Texto: Chris, The Red
Direção: Chris, The Red
Coordenação do Projeto: Kako Soares
Modelos:
Edson Fernandes
Erick Zamorim
Kaique
Leo Henrique
Mari Borto
Maynara
Rodrigo RI
Shirley Souza
Make:
Gabriela Ribeiro
Laís Sousa
Nos anos 60/70, parte do mundo ocidental desafiou os comportamentos sociais relacionados a sexualidade em busca de liberdade de pensamento e de escolhas.
E hoje, em pleno século XXI, qual seria a grande revolução sexual
Partindo deste ponto, esta revolução não é a nudez ou o sexo. Estes estão por aí, em todos os lugares. Tá no filme, na novela, na internet, no app. A revolução sexual de hoje é autoaceitação da sua própria identidade, da sua própria sexualidade, do seu sexo e do seu corpo.
Por muito tempo, nos tem sido dito que temos que ser isto ou aquilo, que não existe uma terceira escolha ou mais. Que precisamos nos colocar nesta dualidade histórica. Por muitos anos, determinou-se que homem é isto e mulher, aquilo. Excluiu-se qualquer outra forma de auto identidade. Num mundo de tecnologias que nos aproximam e nos distanciam, SER é a grande (R)EVOLUÇÃO.
ENTÃO, QUEM É VOCÊ? QUANDO ESTÁ EM FRENTE A UM ESPELHO, O QUE SENTE? ACEITA? REJEITA? QUER SE ENCAIXAR EM ALGO QUE LHE É DITO COMO PADRÃO?
O grande desafio é aceitar a si próprio. Aceitar que não existe uma única forma de SER, de EXISTIR, aceitar que o Olhar sobre si mesmo não pode ser cruel, mas gentil e humano.
Mas como se aceitar quando todos os dias tem alguém lhe dizendo como se deve ser? Como entender nossa própria identidade quando a matéria na revista tem as 10 formas para nos colocar em padrões, na maior parte das vezes, binários? Como descobrir o nosso caminho de forma libertadora, sem as opressões diárias? Sem alguém dizendo que esta roupa é masculina ou feminina? Que a culpa é sua? Que você não pode chorar?
ENTÃO, COMO SE AMAR? COMO NÃO DESTRUIR UM POUCO DE SI A CADA DIA?
A Grande Revolução Sexual que você pode fazer é SER. É olhar para si e identificar-se, aceitar-se. Judith Butler, certa vez, indagou:
“… em que medida jovens e adultos são livres para construir o significado de sua atribuição de gênero?”.1
Seguindo esta linha: em que medida nos sentimos livres para construir nossa própria identidade? De questionar as normas sociais, as instituições sem que isto se torne uma guerra interna?
ENTÃO, COMO SER? COMO LIBERTAR-SE?
Se entregue a quem você deseja TORNAR-SE. Não deixem que lhe digam como se vestir, que corpo ter e, principalmente, a quem amar. Diga NÃO às caixas identitárias, binárias e patriarcais. Recuse qualquer padrão que lhe coloca pra baixo ou lhe faz duvidar de si e que lhe fere.
Angela Davis já nos falou uma vez para mudarmos as coisas que não podemos aceitar.
Não aceite o machismo que lhe diz que você tem que ganhar um salário menor porque engravida. Não assinta com o racismo que lhe objetifica. Nem concorde com o patriarcado que lhe quer fazer acreditar que seu papel é ser submisso ou dominador. Desaprove qualquer forma de preconceito e violência contra si.
ENTÃO, PARA SER, REVOLUCIONE A SI.