APRESENTAÇÃO
por Dália Hofmann
Chris, The Red. Chris, explosão de sensibilidade. Red e todas as cores. Assim é o trabalho fotográfico do Chris. Simetria, textura, cores explosivas ou delicadas. Intensidade nos movimentos, nas percepções diárias, abundante de referências, ora lúdicas, ora dramáticas, ora singelas.
Numa luz brilhante, pode-se ver uma delicada mão que aponta uma flor para as águas, para o céu, para o sol, numa atitude de completa entrega e veneração. Noutra, sob uma quase penumbra, percebemos cadeiras pendentes de um teto, ameaçadoras, encarnadas. Logo adiante um homem solitário, num mundo de abandono, pescando num mar de abismos.
Uma flor, uma tatuagem, um espelho quebrado… não importa qual seja o motivo, o objeto do olhar. Não é exatamente na qualidade técnica que nos prende o seu trabalho, mas na sua especial capacidade de dar alma as coisas, formas, cores, lugares e situações, que nos levam a destinos internos onde vibramos, esquecemos, amamos ou escondemos.
Passear por suas imagens nos torna capaz de perceber um cotidiano ornamentado por sonhos e frustrações, dores e amores, loucura e lucidez. É um caminhar por ondulações de sentimentos que carregam estética, paixão, política, reflexão crítica e, sobretudo, amor. Um mergulho na coragem e no engajamento, na busca de respostas incessantes para essa vida que gira, satisfaz, desafia ou implora descanso. Sob tempestades ou gritos de alegria, está lá o seu olhar batendo pulsações de um registro secretamente escancarado, daquilo que emana do seu ser.
Esse é Chris, The Red. Essa é a sua fotografia.